quarta-feira, 1 de julho de 2009

Prepare o se coração
Pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não
Ver a morte sem chorar
A morte, o destino e tudo
Estava fora de lugar
Eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi
Mas um dia me montei
Não por um motivo meu
Ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse
Porém por necessidade
Do dono de uma boiada
Cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo
Laço firme, braço forte
Muito gado, muita gente
Pela vida segurei
Seguia como num sonho
Que boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E os sonhos que fui sonhando
As visões se clareando
Até que um dia acordei
Então não pude seguir
Valente, lugar tenente
De dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, fere, engorda e mata,
Mas com gente é diferente
Se você não concordar
Não posso me desculpar
Não canto pra enganar
Vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado
E vou cantar noutro lugar
Querer mais longe que eu...